SÃO PAULO – O governo do Brasil lamentou a morte do adolescente Ali Kamal Abdallah e condenou os ataques de Israel “contra zonas civis densamente povoadas” no Líbano.
Itamaraty disse ter recebido “com profundo pesar” a notícia e reforçou o pedido pelo cessar dos ataques. “A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares do menor. O pai do adolescente também faleceu como resultado da explosão”, diz a nota.
Ao solidarizar-se com a família, o Governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades
Nota à imprensa
Ali e seu pai, Kamal Abdallah, morreram por conta de um ataque aéreo na cidade de Kelya, a 30 quilômetros de Beirute. Kamal não é cidadão brasileiro, e tem nacionalidade paraguaia. Menino nasceu em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O Itamaraty informou que presta assistência aos familiares. O Ministério das Relações Exteriores diz que as questões de documentação e traslado dos corpos serão tratadas por meio da Embaixada do Brasil em Beirute. Em caso de necessidade, recomenda-se entrar em contato com o plantão consular do Itamaraty por meio do número +55 (61) 98260-0610 (WhatsApp).
NA ONU, LULA CRITICOU ATAQUES ISRAELENSES
Presidente Lula criticou os ataques de Israel no Líbano durante o discurso na ONU. Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aproveitou seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para alertar que o Líbano não pode ser a nova Faixa de Gaza.
Na última segunda-feira (23), o Itamaraty disse ter enviado instruções para a Embaixada do Brasil no Líbano para ser iniciado um processo de consulta com os brasileiros que vivem no país. O objetivo seria saber se o grupo quer ajuda do Estado para ser repatriado ou não.
Aqueles que optassem por continuar no Líbano deveriam sair das regiões do sul, mais próximas a Israel. Zonas de fronteira e outras áreas de risco também devem precisariam ser evitadas.
UOL/FOLHAPRESS