O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou a prisão preventiva da mãe e do irmão da empresária Dilemar Cardoso da Silva, a Djidja, ex-sinhazinha do Garantido e rainha do Peladão. Cleusimar Cardoso e Ademar Farias e mais três funcionários da rede de salões de beleza da família, Verônica da Costa Seixas, Marlisson Vasconcelos Dantas e Claudiele Santos da Silva são acusados de estupro, associação para o tráfico de drogas e venda de drogas. As informações são da revista Cenarium, que teve acesso ao mandado de prisão.
O mandado foi expedido ontem pela central de plantão criminal do TJAM, e inclui busca e apreensão na casa da família, na Cidade Nova, zona Norte de Manaus.
Ademar, o irmão, é acusado de estupro, produção e venda de entorpecentes.
O mandado de prisão também determina que operadoras de telefonia sejam inquiridas a disponibilizarem informações sobre os alvos dos mandados. Após a prisão preventiva, todos devem ser encaminhados ao sistema prisional do Amazonas.
Djidja Cardoso, 32 anos, morreu na terça-feira, 28, na residência onde morava, no bairro Cidade Nova, Zona Norte da capital amazonense. As características apuradas pelos peritos apontem para uma overdose de drogas.
Nas redes sociais, a empresária Cleomar Cardoso, tia de Djidja Cardoso, responsabilizou a mãe da ex-sinhazinha, Cleusimar Cardoso, e funcionários do salão de beleza Belle Femme de Manaus por omissão de socorro e por impedirem familiares de internarem a vítima, que era dependente química. “A casa dela [de Djidja Cardoso] na Cidade Nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia pra nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela“, disse.
Boletim de Ocorrência (B.O) registrado no dia 24 de abril deste ano, no 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP), em Manaus, mostra que familiares denunciaram o cárcere privado da ex-item do Boi-Bumbá Garantido. Tias de Djidja apontaram o irmão Ademar Cardoso como fornecedor de drogas.