Uma tutora deixou o cachorro para realizar procedimentos de banho e tosa em um pet shop, no bairro Caiçara, em Campo Grande, e recebeu as cinzas do animal. Rosane Martins (38), relata que Luizinho chegou sadio ao estabelecimento e horas depois recebeu a notícia da morte do pet. O gerente informou que o animal teve uma morte súbita.
Após a morte, o caso foi parar na Polícia Civil e é investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat). Além das investigações na polícia, Rosane entrou com uma ação na Justiça contra o pet shop.
A tutora explicou que levou Luizinho e Belinha, dois cachorros da raça Shih-tzu, para banho e tosa no pet shop. Assim que chegou, explicou que o marido iria buscar os animais no fim do dia após os procedimentos, na terça-feira (28).
“Eu deixei o Luizinho e a Belinha no pet, às 12h30, e fui para o trabalho. Às 16h, recebi uma mensagem do médico veterinário me perguntando se era tutora dos cachorros. Perguntei se os cachorros estavam prontos, o médico não respondeu. Liguei e pediram para que eu fosse ao local, avisaram que tinha acontecido um acidente com o Luizinho. Insisti para saber o que tinha acontecido e falaram que o meu cachorro tinha ido a óbito”, relembrou Rosane.
Após receber a notícia da morte, Rosane foi de imediato ao pet shop. No local, pegou Belinha e começou a buscar informações sobre a morte de Luizinho. A tutora comenta que a versão do médico veterinário é de que o cachorro morreu após uma convulsão durante o momento em que era secado.
“A atendente pegou e me levou até o Luizinho. Ele estava coberto com a toalha, com pingo de sangue no pescoço e na boca. O veterinário interveio e disse que ele tinha tido uma convulsão e morrido durante a secagem. Meu cachorro era o mais saudável, nunca teve nada. Entreguei meu cachorro bonzinho e agora ele está morto”, lamenta Rosane.
Ao saber da morte, Rosane acionou a Polícia Militar, que foi ao pet shop e orientou a tutora a registrar o boletim de ocorrência. Como já se aproximava do horário de fechamento da delegacia especializada, a tutora resolveu ir prestar a queixa no outro dia.
Antes de deixar o estabelecimento, Rosane diz que uma funcionária do local sugeriu que o animal fosse cremado. “Aceitei que ele fosse cremado, me informaram que o procedimento demoraria oito dias. No outro dia, fui à delegacia, e a polícia me orientou a retirar o corpo e realizar o procedimento de necropsia para investigar a morte do Luizinho.”