Manaus/AM – Maria Auxiliadora, 69, avó de Alexandre do Nascimento, uma das vítimas da chacina na AM-010, acompanhou de perto a coletiva do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), sobre as novas prisões de quatro policiais da Rocam.
Revoltada, a mulher, que também é mãe de um sargento da Polícia Militar, afirmou que queria olhar para os PMs e questioná-los sobre o porquê da barbárie.
“Por que eles levaram lá para a AM-010 (…) Meu neto foi morto como um animal, fuzilado. Eu queria perguntar para cada policial que matou: Se fosse seu filho, o que você faria? Você gostaria de ver seu único filho estirado no chão?”, diz Maria.
A mulher disse que o neto não foi pego com drogas, nem tinha problemas com a polícia e que relata que o pai ficou sem chão ao saber que Alexandre tinha sido morto pelos próprios colegas de farda.
“Meu filho ficou revoltado, ele disse: Mãe, imagine só, eu policial e meus colegas tiraram a vida do meu filho. Se ele estava com droga, cadê a droga? Não apareceu droga. Se era por dinheiro, meu neto não tinha dinheiro, ele era uma pessoa humilde (…) eu e o pai dele que ajudávamos ele. Isso é uma vergonha para a polícia”, desabafou.