Garimpeiros embriagam e abusam de indígenas em aldeia no AM

Manaus –  Garimpeiros serviram gasolina com água e suco com etanol a indígenas durante invasão à comunidade de Jarinal, na Terra Indígena Vale do Javari, no Oeste do Amazonas. Segundo informações divulgadas pelo site Mídia Ninja, além forçarem os indígenas beber, os garimpeiros alcoolizados cometeram crimes sexuais contra mulheres da aldeia.

Segundo a publicação, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e o Centro de Trabalho Indigenista – CTI, associação de antropólogos e indigenistas, denunciaram o fato que ocorreu na aldeia onde vivem 160 pessoas do povo Kanamari e 47 indígenas Tyohom-dyapa. Este último, povo de recente contato que nas últimas décadas teve sua população diminuída por histórico de doenças e conflitos.

Ainda segundo o site, membros da aldeia Jarinal pediram socorro aos demais parentes do povo Kanamari e pediram urgência na ação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e demais órgãos responsáveis. As denúncias foram encaminhadas pelo Conselho Indígena dos Kanamari do Juruá e Jutaí (Cikaju) e pela Associação dos Kanamari do Vale do Javari (Akavaja).

Segundo as informações divulgadas pelo Mídia Ninja, os garimpeiros chegaram sem autorização na área.

A invasão de garimpeiros acontece três anos após uma operação Korubo, realizada em conjunto pela Funai, Ibama e Polícia Federal, que destruiu 60 balsas de garimpo na região. Segundo o CTI a atual invasão acontece na mesma região, onde os garimpeiros voltaram a se instalar.

A Funai ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. Segundo o CTI, para atuar na fiscalização das invasões, a Funai mantém bases de proteção etnoambiental. Em 2021, o órgão realizou processo seletivo destinado a contratação temporária de agentes para as bases, porém os selecionados não estão atuando na área da aldeia Jarinal, o que tem facilitado as invasões.

Conforme publicação do Mídia Ninja, ainda segundo o Centro de Trabalho Indigenista, para atuar na fiscalização das invasões, a Funai mantém bases de proteção etnoambiental e que em 2021, o órgão realizou processo seletivo destinado a contratação temporária de agentes para as bases, porém os selecionados não estão atuando na área da aldeia Jarinal, o que tem facilitado as invasões.

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