Após um ano internada com sequelas da Covid-19, Eva Rodrigues, de 40 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na qual estava internada. A musicista foi diagnosticada em janeiro de 2021 enquanto estava grávida do primeiro filho.
Desde a internação até a alta médica, Eva contou com o apoio do marido, amigos e familiares. Rodrigues recebeu alta na última quarta-feira (3) e poderá seguir com o tratamento em casa.
Eva, que na época da internação estava grávida, deu à luz ao seu primeiro filho, Ethan Levi, em meio a diversas complicações de saúde e um parto prematuro.
Em uma longa luta, Eva já venceu complicações como paradas cardíacas, problemas no pulmão e até uma infecção causada por uma bactéria hospitalar no sangue.
O marido de Eva, o multi-instrumentista Sol Petrus, de 24 anos, conta que a família está ajustando os últimos detalhes para a volta da musicista para casa.
“Quero levar ela pra casa da melhor forma possível e tentando pensar em todas as possibilidades pra que ela não tenha nenhuma surpresa indesejada. Quanto mais cedo ela começar a reabilitação em casa, mais cedo teremos ela recuperada, estou muito otimista, ela é uma mulher muito forte”, disse.
Lutas diárias
Durante um ano, a rotina de Petrus foi intensa, entre idas e vindas ao hospital para acompanhar a esposa. Ele conta que apesar da longa internação, conseguiu concluir metas como a graduação e contratação em um novo emprego.
“Nesse caso, a minha graduação e a minha contratação são importantes para a provisão pro meu filho, pra ela e também do plano de saúde para mantê-la em tratamento no hospital. Isso serviu de motivação pra que eu pudesse concluir tudo isso.”, explicou.Segundo Petrus, o filho do casal, agora com 1 ano de idade, vai ter uma convivência maior com a mãe.
“O Ethan apesar de ter apenas dois contatos com a mãe ao longo desse ano, sabe muito bem quem é a mãe, eu mostro as fotos dela pra ele e ele quando vê já fala ‘mamãe’. Eu oro pra que ela possa voltar ao normal e ele poder receber o cuidado e carinho dela”, conta.
Cuidados em casa
Petrus conta que mesmo quando chegar em casa, Eva vai precisar de cuidados especializados. Isso porque ela ainda usa um aparelho de traqueostomia e sonda gástrica (alimentação enteral), está sem movimento nos membros inferiores e dependente de oxigênio.
“Vamos contar com visitas periódicas de médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas, e ela vai necessitar de técnicos de enfermagem 24h. Os técnicos serão contratados sob a minha responsabilidade financeira, por isso a necessidade das vaquinhas, para suprir essa demanda”, disse.
Coma proposta de cobrir os custos, a família está fazendo uma campanha para arrecadas recursos para pagar o suporte e profissionais. As doações podem ser feitas pelo PIX solpetrus@gmail.com.