Manaus pode se torna sede dos jogos; Cidade é uma das mais afetadas pela pandemia
Foto: Divulgação / Portal Rcom
“Realizar a Copa América no Brasil, e com torcida presente, em pleno início da 3ª onda, revela um misto de crueldade e fragilidade mental”, reverberou o ex-prefeito de Manaus e atual presidente do PSDB-AM, Arthur Virgílio Neto, em posicionamento contra a realização do evento esportivo, que tem Manaus como uma das cidades-sede cogitadas.
Mesmo sendo um dos países mais castigados pela Covid-19, somando quase 463 mil mortos, o Brasil vai sediar o evento esportivo. A confirmação veio por meio de uma postagem no Twitter da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), na manhã desta terça-feira (1/6). O órgão manteve inclusive as datas de início e fim do evento, previsto para acontecer entre 13 de junho e 10 de julho.
O Governo do Amazonas ainda não confirmou se vai sediar os jogos da Copa América, mas está discutindo os protocolos de segurança contra a Covid-19. Ainda não houve notificação sobre o uso da Arena da Amazônia.
“Ontem me posicionei, e aqui reafirmo: não sou a favor da realização da Copa América no Brasil. Não é o momento diante do descontrole da pandemia, da lentidão com que se vacina no país e diante de tantas vidas já ceifadas pela Covid-19”, reafirmou Arthur Neto.
Com receio de não conseguir manter o controle da proliferação do vírus durante a realização do evento, países mais cotados, como Argentina e Colômbia, rejeitaram o evento. O Brasil já foi sede da Copa em 2019, e por isso era o menos cotado. Com a rejeição, a competição acabou voltando para o país, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. A aceitação acabou gerando um desconforto em representantes da sociedade civil organizada, saúde e política, que se posicionaram contra.
“O Brasil, imprudentemente, aceitou sediar a Copa América. Colômbia e Argentina receberam a ‘oferta’ antes e não aceitaram. Bolsonaro levou meses para aceitar as vacinas e apenas cinco minutos para sediar a Copa América. Covid é com ele mesmo!”, enfatizou Neto.
Covid-19
De acordo com os últimos dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa até o dia 31/5, o Brasil registra 462.966 óbitos por Covid-19, mais de 45,6 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose e 22,1 milhões com a segunda dose, o que representa pouco mais de 10% da população brasileira.
