CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Atiradores mataram 24 pessoas em um centro de reabilitação de viciados em drogas em Irapuato, cidade da região central do México, informou a polícia na quarta-feira, o que sublinha a dificuldade do governo para cumprir a promessa de acabar com a violência das gangues.
Foto: Divulgação / RCOM
A polícia do município do Estado de Guanajuato disse que agressores desconhecidos também feriram sete pessoas a tiros no segundo ataque a um centro de reabilitação de Irapuato no último mês.
Fotos do local compartilhadas pela polícia com os repórteres mostraram ao menos 11 corpos prostrados e ensanguentados em um cômodo.
A polícia disse em um comunicado que três dos feridos se encontravam em estado grave e que a instalação não estava registrada formalmente.
Vídeos publicados nas redes sociais após o incidente mostraram ambulâncias no local e várias dezenas de pessoas descritas como parentes das vítimas reunidas na rua.
O procurador-geral de Guanajuato, Carlos Zamarripa, disse que designou uma equipe especial para investigar o assassinato, que qualificou como um “ato criminoso covarde”, e o governador, Diego Sinhue, pediu um esforço conjunto das autoridades estaduais e federais para combater a violência.
O ataque foi um dos piores massacres desde que o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, tomou posse 19 meses atrás prometendo diminuir os níveis recordes de violência. Os homicídios bateram um novo recorde no ano passado e parecem estar aumentando ainda mais em 2020.
Guanajuato, um polo do setor automotivo, se tornou um dos principais focos da violência criminosa no México e vem sendo devastado por uma disputa de território entre a gangue local Santa Rosa de Lima e o poderoso Cartel da Nova Geração de Jalisco.
(Por Dave Graham, Uriel Sanchez, Daina Beth Solomon e Sharay Ângulo)