Manaus – Na manhã desta sexta-feira (11), Ana Júlia, mulher de Gil Romero Machado Batista (41), suspeito na morte de Débora da Silva Alves (18), que estava grávida, disse que soube da morte da jovem quando o irmão da vítima foi procurar o Gil na casa dos dois. Ana Júlia disse que ficou assustada com a presença do homem, perguntando de Gil Romero o que ele tinha feito com a irmã.
A mulher disse ainda que estava com o suspeito há 14 anos, e que nunca invadiu a privacidade dele, nunca pegou no celular e que não sabia da gravidez da moça. Ana falou que conhecia a vítima através do irmão que teve um breve relacionamento com ela.
“Eu tô assustada, tô perplexa com toda essa situação que está acontecendo. Eu tinha um sonho que era trabalhar concluir a faculdade de Direito, eu não imaginava que ele teria coragem de fazer isso. Eu me sinto uma vítima também, eu perdi meu emprego, minha vida. Eu não reconheço esse homem, nunca conheci esse lado, pelo contrário ele era acolhedor e sempre ajudou as pessoas, eu tô sendo julgada por uma situação que eu não tinha ideia que estaria acontecendo, disse Ana Julia.
Ana disse que em nenhum momento sabia que o marido estava ameaçando a jovem, e depois do ocorrido começou a aparecer motoqueiros na porta do casal a procura de Gil. Quando a situação começou a ser veiculada na mídia, Gil sumiu e a última vez que falou com ele foi no domingo.
Segundo o advogado Vilson Benayon, Gil fugiu na sexta-feira (4) e a mulher não teve mais nenhum contato com ele, que após o caso começar a sair na mídia e ele começou a ser procurado, todos os celulares dos familiares foram apreendidos. Vilson, disse ainda que a polícia descarta a participação dela na dinâmica do crime, e ela será excluída do inquérito policial.
Ana Júlia foi presa na manhã desta quinta-feira (10) ao se apresentar à delegacia. Segundo a polícia, Ana Julia teve a prisão decretada após mentir em depoimento sobre a morte de Débora. Ela não acredita que o marido tenha ele mesmo matado a jovem. Ela acredita que somente pagou ‘Nego’ para fazer isso.
A polícia informou ainda que sabe da existência de uma terceira pessoa identificada apenas como ‘Nóia’. Segundo Gil Romero, essa pessoa estava na usina fazendo furto de cabos. Gil ainda diz que o homem era uma testemunha que estava lá no dia do crime e viu parte do que aconteceu.
As investigações buscam agora saber se ele participou efetivamente, mas acredita que ele não teve tanta relevância na morte de Debora.