O avanço acelerado dos casos de internação motivados por gripe em Manaus e em outras cidades do Amazonas pede atenção maior por parte das autoridades sanitárias e de medidas de mobilização social na tomada de atitudes preventivas.
Unidades médicas estão lotadas principalmente por crianças e pessoas idosas e a falta de leitos já se apresenta como problema. As festas juninas, com motivos variados para aglomerações, algumas em locais fechados, podem contribuir para agravar a situação.
O uso de máscara se coloca como um dos mecanismos para evitar o contágio de mais pessoas e a cadeia de problemas com os adoecimentos por virose e outras síndromes que tem se revelado de longa duração. No caso das crianças, muitas delas além da internação estão impedidas de frequentar escolas e de manter rotinas normais. Com os adultos, o adoecimento gera ausência no trabalho para os que estão trabalhando e, igualmente, os retira de suas atividades cotidianas.
Com hospitais lotados, há um percurso de sofrimento porque nessa condição as equipes de profissionais não conseguem atender as demandas que se apresentam. São horas com pacientes em agonia à espera da consulta médica e de leitos para o caso das internações que estão sendo frequentes.
O que fazer numa situação como essa? É nesse ponto que os governos do Estado e dos municípios, a partir de suas instâncias sanitárias, precisam trabalhar mais a sensibilização da população para ela própria, sensibilizada, busque as medidas de prevenção e de proteção. Há uma campanha pública chamando para a vacinação, o que é importante, no entanto, a adesão popular tem se revelado um problema grave e desafia a comunicação institucional no enfrentamento dessa postura de desvalorização da vacinação por parte da sociedade.
Envolver cada segmento, convocar os jovens, adolescentes, crianças e idosos para serem porta-vozes das boas condutas é um caminho do aprendizado perdido no Brasil e no Amazonas atuais. A opção pelo adoecimento é ruim para a maioria, somente os que vivem dos negócios da comercialização de remédios e de vagas em centros hospitalares são os que se beneficiam com esse estado. Os governos têm o dever de explicar o que ora ocorre, porque ocorre e que providências estão sendo tomadas para oferecer saídas responsáveis, positivas e criativas no enfrentamento desse quadro.