”O meu pai é um monstro”, diz criança que era abusada pelo próprio pai durante 5 anos

 A criança de 11 anos revelou para os familiares paternos os abusos que vinha sofrendo por parte do pai; entenda o caso

Foto: Divulgação / Portal Rcom

Um homem de 37 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (25), suspeito de estuprar a própria filha durante 5 anos em Manaus.
A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada Em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Segundo a delegada titular da Depca, Joyce Coelho, a denúncia chegou no último mês de abril quando uma criança de 11 anos revelou abusos sexuais vindos do próprio pai para a família paterna. Ela tinha ido passar uns dias na casa dos avós paternos e no dia do retorno para a casa, onde mora com os pais, ela relutou e se negou a voltar, insistindo com os familiares para ficar mais uns dias. 
A delegada conta que a criança aproveitou a oportunidade para contar para uma tia que o próprio pai a abusava sexualmente desde os 6 anos de idade e que a mãe presenciou um dos abusos no decorrer dos anos e pediu para que ela não contasse para ninguém.
A criança revelou ainda para a tia, que ela pretendia contar para a professora, mas que com a pandemia, não estava frequentando as aulas e resolveu contar para a tia. 
Segundo Joyce, a partir desse momento em que a mãe presencia a prática de abusos sexuais do pai com a filha e não faz nada, o homem se sentiu autorizado de continuar a violência mesmo com a presença da esposa. A criança teve a guarda concedida aos avós paternos desde o dia da denúncia. 
O mandado de prisão do homem foi cumprido nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, levando em consideração que o casal tinha mais 5 filhos sobre sua responsabilidade e que a polícia considerou estarem suscetíveis. O suspeito será submetido ao exame de corpo de delito e está detido na Depca, onde será interrogado e logo após conduzido ao sistema penitenciário do estado, permanecendo à disposição da Justiça para responder pelo crime de estupro de vulnerável.
”A mãe da criança também será ouvida e se durante o inquérito policial, sua conivência for confirmada, como a criança relata, ela será indiciada, pois a omissão é penalmente relevante, visto que a mãe tem o dever de proteção e cuidado”, afirma a delegada. 
”O meu pai é um monstro, tudo piorou na pandemia, que eu me senti mais sozinha porque queria contar para a professora, mas não tinha escola”, disse a tia sobre o relato da criança.
A delegada ressalta que as crianças ficaram mais vulneráveis durante a pandemia por conviverem mais intensamente com os supostos agressores, o que resultou em um aumento significativo de denúncias de casos de violência infantil.

 

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