O deputado federal Delegado Pablo (UB-AM) usou as redes sociais para criticar a transformação da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips num ato político, com objetivo de atingir o presidente Jair Bolsonaro.
Pablo relembrou a morte da missionária Dorothy Stang, ocorrido em 2005, no Estado do Pará. Ela foi assassinada por fazendeiros após desavenças envolvendo conflitos agrários. “Quando Dorothy Stang morreu, na época do governo do ex-presidente Lula, eu não vi nenhuma manifestação em defesa da missionária”, relembra Pablo.
O deputado, que é delegado licenciado da Polícia Federal, disse que conhece bem a região do Vale do Javari, no interior do Amazonas, onde há décadas acontecem conflitos. “A maioria das pessoas não sabe nem onde fica no mapa o Vale do Javari. Eu já estive lá”, afirma o deputado.
“Lá temos quatro postos da Funai (Fundação Nacional do Índio), que já foram atacados a bala, diversas vezes, porém ninguém fala nada. Sabe quando isso aconteceu? Nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma”, criticou Pablo.
O deputado afirma que também se preocupou com o sumiço do indigesta e do jornalista, porém ninguém defende as mais de 80 mil pessoas desaparecidas no Brasil, sendo 30 mil crianças. “Temos milhares de pais e mães chorando sem notícias dos seus filhos, mas ninguém defende essa causa”, alertou Pablo.
“Ninguém vai levantar bandeira por esta causa não? Chega de hipocrisia e fazer da Segurança Pública a um palco político”, completou o deputado.