O prefeito de Manaus, David Almeida, não tem dúvida de que Manaus sofrerá uma terceira onda da pandemia da Covid-19. E que será ainda “mais devastadora”, disse ele, durante entrevista coletiva. “Oficial? Não. Se vai acontecer, não sei. Vou me preparar para que ela não aconteça. E, se ela chegar, eu estou preparado. A gente tem que se antecipar”, acrescentou.
Manaus ainda não passou pela segunda onda. Os hospitais continuam mandando pacientes para outros Estados. Agora que as primeiras usinas de oxigênio começaram a ser instaladas. A cidade continua necessitando de ajuda – e recebendo. Ao mesmo tempo, o interior dá sinais de repetir o que aconteceu na primeira onda, quando teve um estouro no número de casos, logo após a capital.
O prefeito não detalhou qual a “preparação” que pretende implementar. Na crise da primeira e na onda em curso, o maior problema foi o colapso dos hospitais manauaras, que estão sob responsabilidade da iniciativa privada ou do Governo do Estado. O papel da Prefeitura é de atendimento básico, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
No começo do ano passado, diante da chegada da pandemia e do iminente colapso hospitalar, o ex-prefeito Arthur Virgílio criou um hospital de campanha, em parceria com o Grupo Samel. Pode ser por aí, a preparação da cidade.
David entende que o manauara precisará ficar mais tempo em isolamento social. “Eu vou dar uma informação trágica pra vocês. Eu tenho que alertar. Quando você tem a informação você tem que dar: Nós precisamos ficar um pouco mais de tempo confinados. Porque já existe, sim, a possibilidade de uma terceira onda. Mais devastadora! Oficial? Não. Mas se você olhar o que aconteceu na Europa… Alguns cientistas já começam a propagar e começaram a noticiar”, alertou
Vacina
O prefeito anunciou que pediu, ao Ministério da Saúde, mais vacinas para Manaus. “É uma necessidade”, afiançou.
A crise de oxigênio conseguiu a sensibilidade nacional. O Fórum dos Governadores, reunido em Brasília, decidiu que 5% do total de vacinas recebidas pelo Brasil devem ser destinados ao Amazonas. E o Estado entrará, de novo, na distribuição equitativa, entre todos os demais. O anúncio foi feito pelo governador Wilson Lima.
No total, o Amazonas receberá 645 mil novas doses. Na primeira distribuição, o lote do Estado foi de apenas 282.320 doses.