MANAUS – Alunos da Fundação Matias Machline publicaram, na noite desta segunda-feira (6), uma carta aberta ao empresário sul-coreano Sung un Song, presidente da Digitron da Amazônia que é a mantenedora da Fundação.
Em tom de desabafo e denúncia, a turma de formandos de 2021 se posiciona contra Cintia Monteiro Oliveira, uma das gestoras da Fundação, por seu comportamento abusivo contra funcionários e alunos, além de apontarem práticas de assédio moral da mesma contra professores.
“No ano em que entrei, estava realizando um sonho. Saio agora como formando com um sentimento de profundo pesar. Pois vi, no último mês, todo o aprendizado de respeito, empatia e profissionalismo ir por água abaixo na conduta profissional de quem rege, hoje, a maioria das decisões na Fundação”, diz um trecho da carta.
Segundo o grupo de alunos, Cintia grita com funcionários na frente de todos, tem postura invasiva com alunos, além de ter alterado horários das refeições dos docentes e estudantes, o que levou a situação de desmaio por fome.
Os alunos finalizam a carta repudiando Cintia e todos aqueles que a mantém no cargo, inclusive se essa pessoa for o próprio Sung.
“CARTA ABERTA AO SR. SUNG
Sr. Sung, venho por meio desta, em nome do 3BM, atender seu pedido feito diretamente aos alunos da Fundação Matias Machline.
No ano em que entrei, estava realizando um sonho. E realmente foi uma experiência única de muito aprendizado, tanto da vida pessoal quanto profissional. Tudo isso devido o corpo de funcionários admiráveis da instituição.
Saio agora como formando com um sentimento de profundo pesar. Pois vi, no último mês, todo o aprendizado de respeito, empatia e profissionalismo ir por água abaixo na conduta profissional de quem rege, hoje, a maioria das decisões na Fundação.
Cintia Monteiro Oliveira entrou claramente sem preparo nenhum para lidar com as responsabilidades do cargo. Ainda na primeira semana, gritou diversas vezes com os inspetores na frente de todos, humilhando-os, além de ter uma postura completamente invasiva com os alunos, como quando desfez a trança de uma aluna na fila do almoço. Colocou regras inflexíveis que arriscam a integridade dos alunos e funcionários, como as em relação ao horário do almoço (um aluno desmaiou de fome) e de lanche, que inclusive foi negado a alguns alunos em período de ação disciplinar (suspensão).
Tentamos todos relevar esse comportamento. Porém, hoje, dia 6 de dezembro, devido uma discussão banal com a professora Bruna e a pedagoga Débora, Cintia, que supostamente teria se sentido pessoalmente atacada, demitiu as duas, causando comoção por parte de seus colegas de trabalho e alunos. Assim como tantos outros desligados no último mês, essas 2 profissionais eram de excelência e extremamente competentes.
Fica aqui nossa nota de repúdio a essa mulher e a quem quer que seja o responsável por mantê-la no cargo, inclusive se for você, Sr. Sung.”