Deputados estaduais não se pronunciam e sessão precisa ser suspensa duas vezes na ALEAM

As sessões da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), estão se tornado cada vez mais curtas, o motivo? Falta de deputados, ou falta de posicionamento dos mesmos. Na manhã desta quinta-feira (04), a sessão precisou ser suspensa duas vezes, por falta de oradores inscritos.

Não é de hoje que tem sido pautado dentro da Aleam, que com a maioria dos deputados, assessores e outros funcionários da Casa vacinados, que as sessões híbridas, onde parte dos deputados participam de forma virtual, só deveriam ser usadas nesse formato caso os legisladores estivessem fora de Manaus ou impossibilitados de irem até a tribuna. Entretanto, há deputados que mesmo estando na cidade, preferem participar de forma remota e muitas vezes, sem nem ligar os microfones para pontuarem alguma denúncia, melhoria ou pesquisa.

No início da 104ª Sessão Ordinária, antes mesmo da leitura do expediente do dia, apenas quatro deputados estiveram presentes de forma presencial e três de forma virtual. A sessão foi suspensa pela primeira vez por volta das 9h30, e em menos de 10 minutos, foi suspensa novamente, por falta de deputados inscritos.

Ao todo, contando com os tempos de suspensão, a sessão durou pouco mais de 2h, e o próprio presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (PV) precisou incentivar que os colegas parlamentares fizessem seus pronunciamentos. “Comunico aos senhores deputados que queiram se inscrever no grande expediente para que a gente possa também ver os trabalhos, para que a gente não tenha que terminar muito cedo hoje a reunião”, disse Roberto Cidade.

A maior parte da sessão só fluiu por causa da pauta sobre a regulação do mercado de crédito de carbono, que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília e sobre a importância de ressaltar que o Amazonas mantem mais de 97% da sua mata preservada e que mesmo assim está sendo criticado sem direito a defesa na COP26, a conferência das Nações Unidas sobre clima, puxadas pelos deputados Angelus Figueira (DC) e Tony Medeiros (PSD) e Serafim Corrêa (PSB).

Vale lembrar que de acordo com o Portal da Transparência, em 2020, cada deputado estadual recebia cerca de R$ 392.131, por ano, do ‘cotão’, que é previsto na Resolução Legislativa nº 460/2009. E que no final do ano passado, aprovaram um reajuste de 35%, que representa aumento de R$ 137.245, e passaram a receber cerca de R$ 529.376 desde janeiro de 2021. Como servidores públicos, eleitos pela população, os deputados precisam trazer apontamentos que tenham relevância para os amazonenses.

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