Manaus/AM – A polícia falou na manhã desta quinta-feira (25) sobre a prisão de Antônio Chelton de Oliveira Lopes, 25, e sobre as últimas atualizações do caso do assassinato da babá Geovana Martins, 20.
A delegada Marília Campelo voltou a enfatizar que a ex-patroa da babá, Camila Barroso, não agiu sozinha e contou com a ajuda de pelo menos duas pessoas: Chelton e Eduardo Gomes da Silva. O assassinato da babá teria sido motivado porque a jovem não queria mais se prostituir, mas Camila não permitia que ela saísse da casa de massagem.
Mais cedo, Chelton negou participação no crime, mas a polícia afirma que tem provas robustas contra ele, embora descarte que ele tenha tido algum envolvimento amoroso com a vítima.
“Nossas investigações não apontam para nenhum envolvimento dele amoroso com Geovana. O que nós temos são depoimentos nos autos que demonstram que o Antônio Shelton sim participou da morte da Geovana (…) O Antônio Shelton coloca a culpa toda no Eduardo, mas nós temos também comprovações de forma técnica de que esse veículo antes de ir para o Tarumã, ele também passa na rua da casa do Antônio Chelton”, diz.
A delegada também deu detalhes de como o crime teria acontecido e revelou que Camila arrastou Geovana da casa de uma amiga no dia em que a jovem foi supostamente espancada por ela. Na ocasião, Camila estava acompanhada de um homem que a polícia ainda não identificou se era Chelton ou Eduardo.
“ A Giovana já estava pensando em sair da casa. Estava na casa de uma amiga nesse dia 18, quando foi arrastada de dentro dessa casa pela Camila e tinha um homem no carro que nós ainda não identificamos se é Eduardo ou se é Chelton. Aquela foto que aparece da Geovana, totalmente debilitada em cima de uma cama, torturada cheia de hematomas, nós conseguimos acesso aos metade dessa foto e ela foi tirada no dia 18. Então provavelmente ela recebeu aquele espancamento aquela sessão de tortura como um castigo como não querer voltar”.
A delegada conta que após ser espancada, Geovana foi levada de volta para a casa de Camila, mas acabou indo a óbito devido ao traumatismo craniano que ela teve durante o espancamento.
Após a morte da babá, Camila teria contado com a ajuda de Chelton e de Eduardo para jogar o corpo em uma área de mata no Tarumã.
“O veículo passa por Petrópolis para passar pelo São Raimundo. Vai para o Tarumã volta e tem também uma uma terceira pessoa envolvida diretamente nessa ocultação de cadáver, que no momento a gente vai deixar em stand by”, diz Marília.
A polícia segue com as investigações e afirma que está em busca de Eduardo, que está escondido.